terça-feira, 13 de abril de 2010

eu não sei parar de te olhar.

 
' te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente. desculpa. tudo que vivi foi profundamente. eu te ensinei que eu sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços, guarda-me apenas uma fresta. eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem. até onde posso ir pra me resgatar? reclama de mim, como se houvesse a possibilidade de me inventar de novo. eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos! eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente. eu quero estar viva! e permanecer te olhando profundamente... '
ana carolina

Texto lindo, mas não vou dedicar a mais ninguém, se não a mim mesma. Porque, de alguma forma, eu realmente não consigo parar de olhar para quem amo... profundamente. Independente do que possa ser certo ou errado. Acho que ser profunda foi uma das maneiras que eu encontrei de me soltar... E de me prender. A pessoas, objetos, situações, sonhos. Porém, às vezes vivo tudo tão profundamente em tão pouco tempo, que acabo perdendo o encanto. Talvez me tirem os espaços entre os abraços... Mas acho que não. Acho que eu me agarro com tanta força, que depois de algum tempo, me vejo sem saídas. Sufocada, em frestas.

Eu vivo em extremos.
Ou estou feliz, ou não. Ou eu amo, ou não.
Felicidade é uma condição que imponho a mim mesma, todos os dias quando acordo. Sei que não posso escolher se sinto dor, mas posso escolher como lidar com ela, vivo a minha dor tão profundamente, compreendo a minha dor tão profundamente, que a supero. É difícil aceitar as dores, mas eu escolho ser feliz.
Ao contrário do amor.
Eu não escolho a quem amo. Mas se amo, amo profundamente... E se não amo, não quer dizer que eu odeie. Há muitas pessoas que eu convivo diariamente que eu não amo, essas pessoas, pra mim, só não são tão merecedoras do meu amor. Não que seja a melhor coisa do mundo, mas é o que de melhor tenho pra oferecer, então dou a quem eu acho que vai recebê-lo melhor. As vezes me engano, e isso dói um pouquinho. Mas passa.

Algumas pessoas podem enxergar isso como efemeridade.
Não acho.
Pra mim, o grande prazer da vida é curtir cada fase profundamente, curtir cada amor profundamente, cada amizade, tirar das pessoas o que elas tem de melhor e dar o seu melhor em troca, criar verdadeiros laços de afeto, carinho. E quando perceber que o sentimento está acabando... lidar da melhor forma que puder. Tentar resgatar o que foi perdido ou deixa-lo ir embora. Com dor, mas sem sofrimento...

sábado, 10 de abril de 2010

i'm looking for time.

' mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára. enquanto o tempo acelera e pede pressa eu me recuso, faço hora. vou na valsa. a vida é tão rara... enquanto todo mundo espera a cura do mal, e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência... o mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência. será que é tempo que lhe falta prá perceber? será que temos esse tempo prá perder? e quem quer saber: a vida é tão rara, tão rara... '
Paciência - Lenine.


Talvez seja o que me falta, um pouco. Ou o que mais exigem de mim a cada segundo. Paciência com quem se faz de sonso, paciência com quem te magoa, paciência com quem quer te passar pra trás. Paciência com os problemas. De todos os tipos possíveis de paciência, esperam de mim as poucas que eu não suporto. Eu acho admirável as pessoas que conseguem deixar de lado certas hipocrisias, fingir que as coisas não aconteceram. De verdade. Se eu fosse assim, muitos aborrencimentos me seriam evitados, mas eu não consigo. Eu preciso de tempo pra viver os meus sentimentos, as minhas angustias. Eu preciso de tempo para compreender tudo isso e poder superá-los. Exigem tanta paciência de mim que esquecem que eu também preciso ser tratada com um pouco dela.
Eu gosto de liberdade, as vezes me sinto até como um animal selvagem. Principalmente com um animal selvagem preso em jaulas. Muitas vezes me sinto andando em círculos, deixando pra trás coisas que eu jamais deveria ter deixado, sem ao menos perceber... Há dias em que eu penso um pouco no que eu já fui e lamento um pouco ter crescido. Não que eu quisesse ser criança para sempre, eu entendo que ciclos tenham que ser fechados, mas sinto que deixei peças importantes de mim. Acho que já fui muito mais forte do que sou, muito mais corajosa. Perdi a capacidade de me colocar em primeiro lugar quando me fizeram acreditar que os sentimentos dos outros às vezes são mais importantes que os nossos. Que devemos fazer de tudo pra manter quem a gente gosta feliz - mesmo que as cegas. Me sinto um pouco fracassada mas eu não posso deixar que isso me empurre pra baixo. Porque apesar de ter deixado muita força para trás, ainda me resta um bocado dela. Eu me agarro nisso.
Hoje eu disse para um amigo que estava perdendo a vontade de viver, e isso me assusta. Eu quero me sentir viva, eu quero sentir o meu sangue ferver de um jeito bom. Eu quero conseguir enxergar beleza nos dias de chuva, eu quero enxergar as coisas simples e belas que meus olhos tem deixado de ver... mas acho que, a curto prazo, eu preciso de um pouco mais de paciência. O meu tipo de paciência.

terça-feira, 6 de abril de 2010

de repente, inverno.

Sem músicas nesse post, porque ele é rápido. Só pra dizer que ta FRIOOOOOOO e chovendo. Hoje, na volta do cursinho, parei desesperada numa banca pra comprar um guarda chuva. Meu casaco de combate HAUAHUA nao adiantou muito hoje.

Notei que estou precisando desesperadamente de um tenis (porque o meu ta se deteriorando rapido demais) e de roupas de inverno, as minhas são pra frio registrense e bom, aqui ta um pouco mais frio que o dia mais frio de Registro.

Sinto falta de casa.
Até mais tarde :*